Amanhece lá fora sexta-feira, junho 01, 2007 |
Vozes roucas ecoam pelos abismos que nos separam, e as palavras ficaram surdas ao que nos consegue unir. Não estamos para ouvir o que não se quis dizer, e há ainda um vasto dialecto que espera construir-se, adquirindo e dando significado às coisas.
Os sentimentos atropelam-se num carrossel em que entrámos na condição de crianças, e do qual não pretendemos sair se não quando se nos esgotarem as moedas. Essas, porém, perdem-se lá no fundo dos nossos bolsos rotos do uso e nós temos que nos servir da destreza e maleabilidade inerente às crianças para manter o carrossel em movimento, permitindo-nos ao riso, à alegria e ao afecto.
Agora os confrontos multiplicam-se e a teimosia e impede-nos de partilhar as nossas moedas. Mas eu careço das tuas moedas e, mais que isso, necessito que precisas das minhas.
Quero partilhá-las contigo, trocar-me, transfigurar-me e renovar-me contigo. Mas já não as repartimos há algum tempo que hoje não sei como o fazer.
Amanhã, pois antes de amanhã não saberia como partilhá-las. Amanhã desdobramo-nos, trocando-nos e partilhando. Amanhã, se ainda for cedo.
Agora os confrontos multiplicam-se e a teimosia e impede-nos de partilhar as nossas moedas. Mas eu careço das tuas moedas e, mais que isso, necessito que precisas das minhas.
Quero partilhá-las contigo, trocar-me, transfigurar-me e renovar-me contigo. Mas já não as repartimos há algum tempo que hoje não sei como o fazer.
Amanhã, pois antes de amanhã não saberia como partilhá-las. Amanhã desdobramo-nos, trocando-nos e partilhando. Amanhã, se ainda for cedo.