<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d7542969\x26blogName\x3dRecorda%C3%A7%C3%B5es:+segredos+de+um+porvir\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLACK\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://segredosdeumporvir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_PT\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://segredosdeumporvir.blogspot.com/\x26vt\x3d-560577301979177114', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>

Recordações: segredos de um porvir

São muitas as recordações, as que irei esquecer, e as que nunca hei-de lembrar. Como uma árvore e as suas folhas. Fecho os olhos. E, em segredo, relembro aquelas que, num outono, hão-de cair.

  • folhas de outras árvores

  • folhas no chão

    outros ramos

    soundtrack to your escape

    a marca dos meus sentimentos deveria ser como pegadas... domingo, outubro 31, 2004 |

    É noite, olho o céu e procuro a Lua. Tenho vontade de a ver e de estar com ela. Encontro-a lá em cima, cintilante e a brilhar. De resto, como sempre esteve e sempre a vi.
    Esmoreço.
    - Não era assim que te queria ver, não como sempre te vi…

    Às vezes gostava de ser a criança que já não sou, ou de, pelo menos, sentir como a criança que já fui.
    Gostava de poder ver todas as coisas pela primeira vez, gostava de poder ver todas as coisas com a curiosidade de quem nunca as viu. Mais: gostava de ter a capacidade de poder não sentir algo de novo, mas antes, de sentir, de todas as vezes, algo como novo.
    Gostava, mais que sentir tudo de todas as maneiras, sentir tudo da única maneira que ainda não senti.

    Tendo por sentimento a sensação que algo provoca em nós, a maior parte das vezes eu já não sinto, apenas recordo a sensação guardada em mim por mim que esse algo me provocou. É isso o que sinto, e como é insípido sentir desse modo. Recuso-me a sentir assim, recuso-me a re-sentir…

    O conjunto de sentimentos deveria ser como um trilho de pegadas deixadas na areia, em que cada pegada fosse a marca de um sentimento diferente: deixávamos as pegadas, que seriam apagadas em seguida e que, por mais que quiséssemos, não conseguiríamos duplicar.
    Era assim que eu sentiria caso dispusesse da capacidade de esquecer como senti algo, era assim que eu gostava de sentir: à medida que sentisse o que quer que fosse, esquecia que o tinha sentido desse modo para poder sentir uma vez mais como novo. Assim nunca caminharia por trilhos já trilhados. Mas não conheço, ou disponho, ou procuro dispor, de tal capacidade, tão forte como as forças do mar e dos ventos, que me permita esquecer o que senti de determinada maneira…

    sometimes, we ought to unleash the child within us... |


    ...and feel like one.

    sonho de uma tarde de outono... sexta-feira, outubro 29, 2004 |

    Era meio-dia, e o sol brilhava lá e cima. Nesse dia, Silvestre havia-se levantado mais cedo e, tendo saído de casa mais cedo, dirigira-se para o jardim, onde já se encontrava. Não tinha almoçado, um nó no estômago que sentia deixava-o desconfortável ao ponto de não ter apetite. O encontro era apenas às 13h, assim o tinham marcado. Mas Silvestre decidiu-se por ir mais cedo para o local de encontro. Assim poderia espairecer, poderia pensar no que lhe iria ser dito. E aquele contacto com as árvores e o ar puro faziam-no, como sempre fizeram, sentir tão bem ou, pelo menos, melhor. Apesar disso, Silvestre sentia-se irrequieto, olhando reflexamente para o seu relógio de pulso, no qual o tempo parecia não ser contado.
    Lá ao fundo ouvem-se as folhas a estalar, alguém as pisara. Silvestre olha para de onde lhe pareceu vir o som, e senta-se. Ela chega.
    - Boa tarde.
    - Boa tarde., responde Silvestre.
    - A partir de hoje nunca mais nos vamos olhar do mesmo modo?.., pergunta-lhe ele, em jeito retórico. Ao que ela não responde, limitando-se a olhá-lo como quem pede desculpa por algo contra o qual não pôde fazer nada para evitar.
    - Que me queres dizer?, pergunta Silvestre.
    - Queria dizer que já não dá mais…, respondeu ela, olhando para Silvestre na sua imagem reflectida na água.
    - Não dá mais?.. mas como assim?..
    - Não sei que te dizer… acho que… é melhor terminar…
    - Entendo, disse Silvestre em tom irónico… Esta frase provocara nele a sensação de vazio. Prosseguiu:
    - Tu só gostaste de mim enquanto te sentias bem ao meu lado… aliás, tu não gostaste nunca de mim, tu gostaste de como te sentias quando estavas comigo. Gostar de como eu me sentia quando estava contigo nunca foi tua prioridade… se é que chegou sequer a ter lugar… preocupaste-te em fazer-me sentir bem enquanto tu te sentiste.
    - Não é isso, é que…, tentou ela responder.
    - Espera, interrompeu Silvestre. E, continuando, monologamente:
    - Percebo agora, tu nunca me amaste, pois não pode haver tão grande egoísmo em amar alguém.
    - Amei, sim…
    - Não!, Amar alguém não é gostar muito de alguém porque essa pessoa nos faz sentir muito bem, é, antes, fazer com essa pessoa se sinta bem, porque gostamos muito dela. Amar alguém não é querer que alguém seja feliz ao nosso lado, é mais do que isso, é querer apenas que essa pessoa seja feliz. Tu só te preocupaste em eu ser feliz enquanto tu o foste ao meu lado…
    Calou-se. Não tinha pensado o que tinha acabado de dizer. E, sentados lado a lado, pensavam ambos no que ele tinha dito.
    - Sabes – disse Silvestre passado um tempo –, talvez tenhas razão, é melhor mesmo terminar.
    Levantou-se, preparava-se para ir embora. Beijou-a na testa e, olhando-a nos olhos, disse-lhe:
    - O que mais quero é que sejas feliz. Eu sempre, e para sempre te amei… nunca me esquecerei de ti. E saiu.Inês viu-o ir-se embora, não respondeu. Ficara sentada a olhar o lago, relembrando os dias em que a sua felicidade dependera da de alguém…

    sabe bem voltar a casa... sábado, outubro 09, 2004 |

    acordo. é sexta feira, e ainda é cedo. no entanto, a ansiedade e a vontade de ir a casa no fim de semana é já grande.
    são quatro horas da tarde e já não tenho mais aulas, posso agora prosseguir e ir de regresso a casa.
    estou em casa. aumento o volume e ouço aquela música, que são tantas, bem alto... "rebobino" a música, e sorrio.

    can i turn back domingo, outubro 03, 2004 |


    ?
    sometimes i wish i'd find a way to turn back time...

    the end of heartache sábado, outubro 02, 2004 |


    i mourn for those who haven't met you

    sinto o ar expirado na pele e isso assegura-me de que vivo |

    hoje não é um desses dias...

    P.S. - Há dias em que se acorda sem a ajuda do despertador, em que dormir mais tempo que o tempo suficiente para o restabelecimento da nossa energia e das nossas funções orgânicas, é prodigalidade. Há dias em que, logo após acordar, nos olhamos no espelho e vemos, a olhar para nós, alguém a sorrir por razão que desconhecemos, e lhe retribuímos o sorriso. Há dias em que só aquelas memórias que nos esforçamos por não esquecer parecem fazer parte do nosso livro de recordações, e as relembramos sem o precisar de abrir. Há dias em que o sol não parece pôr-se, em que as estrelas não parecem deixar de brilhar. Há dias em que caminhamos despreocupadamente, e mesmo que sozinhos, nos sentimos acompanhados. Há dias em que caminhamos como se não houvesse gravidade, em que dançamos como se não estivesse ninguém a ver, em que cantamos como se ninguém nos ouvisse. Há dias em que ao passar por um canteiro, nos deter ía-mos diante de uma flor, a cheiraríamos, e sorriríamos. E, acaso libertássemos uma lágrima, seria apenas para que com ela, o arco-íris pudéssemos partilhar.

    out from the shadows and into the real world sexta-feira, outubro 01, 2004 |


    (take my hand and lead the way)