desculpa...
"vem ter comigo ao J., preciso muito falar contigo...", disse-lhe ele. as saudades dele eram já insuportáveis, e a necessidade de o tocar, de o sentir era quase palpável. as coisas não iam bem, e esta frase lida causara-lhe um aperto tão grande...
"vamo-nos sentar ali para conversar? tenho algo muito importante para te dizer...", disse-lhe ele, antes de nem um beijo que dissesse "olá!".
por entre palavras soltas e carícias aumentava a tensão, tornava-se cada vez mais difícil respirar... e esta sensação de mau estar na barriga... nem ela com coragem para perguntar "que me queres dizer de tão importante?", nem ele com alento para lhe contar o que tinha tido o denodo de decidir contar-lhe... outra frase solta, mais uma carícia...um riso de vez em quando...
"ah,.. não me olhes assim nos olhos, torna-se mais difícil para mim e tenho de arranjar coragem!", pediu-lhe ele.
- está bem, concordou ela, após o que desviou o olhar.
respirou fundo. ambos os corações batiam ao mesmo ritmo, apesar de acelerado.
- eu beijei outra rapariga, confessou-lhe ele.
(mas... dito assim, desta forma tão peremptória?, perguntou-se ela)
adivinhara-se o fim, mas por qualquer outra razão... não esta. não podia ser verdade, ele não podia não estar a mentir. mas aquela incapacidade de olhar nos olhos, aquela incerteza do olhar pareceu-lhe tão incontestável. dissipava-se qualquer dúvida...
o silêncio, e tão pesado mas ao mesmo tempo nada embaraçoso que era, instalou-se por um instante.
depois... uma lágrima, e um "desculpa...". outra lágrima, agora deixada fugir por ele.
"nunca pensei", murmurou ela. "sabia que a partir de hoje deixaríamos de ser nós, mas nunca, não, nunca por esta razão... não te achava capaz disto...", prosseguiu, soluçando, à medida que lhe escorriam lágrimas pelo rosto. ele, em silêncio, ia-as enxugando.
"quem é ela?", procurou saber ela.
- ahh, não conheces..., respondeu ele.
- mas... já não gostas de mim?
- sim, gosto... mas... não sei... estou confuso...
(porque não disseste logo que não? não teria sido tão doloroso, acha ela)
- apaixonaste-te por ela, vão namorar?
- não, não! mas... estou confuso agora, não sei que sinto...
"desculpa", pediu ele de novo.
outra lágrima, deixou cair ela...e ele também...
... e teria sido uma tarde de verão como as outras... e teriam os restantes dias de verão sido diferentes, não lhe tivesse ele dito isto... não tivesse isto acontecido... pensa ela.
4:55 da tarde
ler este post pareceu-me ler a minha própria história. vários anos passaram...os verões nunca mais foram os mesmos... top
7:15 da tarde
e como os teus e os dela, os verões de muitos outros nunca mais foram os mesmos. top
10:26 da tarde
entao q ddizer...??ddepois d tt tempo nao sabia q escrebias taum bem!! gstei mt deste texto assim cm d otos mais q mais tarde deixo qql coisinha a comntar!este e oto q ja li pa frente tocamme um bucado axo os parecidos cm qql coisa q vivi! só pa dizer obrigado pu td e pa independentemnte duq fores fazer nnc deixes d escrever e sobretudo d dar o prazer aos otros d poder ler aquilo q escreves taum bem* top